Pampas: a calma beleza dos nossos confins
Somente um imenso mar poderia parar sua geografia imensurável.
Um limite de barrancos profundos, de duras rochas golpeadas por ondas sem trégua
Rochas altas segurando séculos de solidão azul e fúria branca
Tudo isso foi necessário para fixar a fronteira daquela planície infinita que nós crioulos chamamos com o nome mais indiano, mais bonito, pampa.
(Atahualpa Yupanqui – compositor, cantor, violonista e escritor argentino)
É bem ao sul do Brasil, onde as terras são amplas, o verde domado e nossas fronteiras tocam a dos los hermanos que encontramos o silencioso e desconhecido Pampa. O termo, de origem quíchua (povo indígena da América da Sul), contempla em uma única palavra sua característica mais marcante: região plana.
Em sua extenuante caminhada do norte ao sul do país, depois de passar por momentos de pura anarquia e exuberância, ao chegar aos campos sulinos a natureza, enfim, descansa. Mas se engana quem pensa que isso a torna menos relevante.
Para além da sua extensa coleção de capins, gramas e relvas – são mais de 450 tipos espalhados pela região, o Pampa possui espécies surpreendentes de arbustos, bromélias e cactos. O bioma, que no Brasil se restringe ao Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 2/3 do estado, é indispensável para o processo de sequestro de carbono e o controle da erosão do solo. Suas maravilhosas serras, planícies, morros rupestres e coxilhas completam o cenário e formam um verdadeiro patrimônio cultural associado à biodiversidade.
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PAMPAS
Para recordar da amplidão e calma deste bioma, além das plantas que selecionamos cuidadosamente para vocês, preparamos uma ilustração com elementos desses extensos campos planos.